Já teve sensação de ver uma marca fazendo uma campanha, e sentir que o tema em questão parecia errado para ela, por não se alinhar ao restante do seu posicionamento?
Pois é! Muitas marcas na tentativa de se comunicarem ou abraçarem uma causa (ou até mesmo para agradarem a um indivíduo), cometem grandes equívocos, e acabam passando dos limites, além de desconsiderarem a sua própria essência.
Quer saber se você também está errando nisso? Então, aperte os cintos e continue a leitura, porque hoje vamos descobrir se a sua propaganda é engajada ou oportunista.
Estamos no meio de um mês que pertence à uma tríade de meses com campanhas muito grandes e importantes no universo de saúde: Setembro Amarelo, Outubro Rosa e Novembro Azul. Os temas são profundamente relevantes, e despertam o interesse de todos, pois afinal, quem não quer viver bem e cuidar do seu próprio corpo, não é mesmo? Com isso, vemos uma verdadeira enxurrada de marcas enchendo as redes sociais de posts que apoiam os temas, aproveitando o “hype” de alcance do momento.
Porém, precisamos entender que todo o assunto, por mais relevante que seja, não se torna “verdadeiro” para uma marca, se não existir concretamente uma apropriação do que está sendo dito, com um alinhamento de posicionamento da mesma. Se isso acontecer, essa não é uma propaganda engajada e sim oportunista.
Explico melhor: Já pensou como seria estranho uma oficina mecânica, que não tem nenhuma mulher no quadro de colaboradores, e não têm histórico de apoio com a questão da saúde da mulher, de repente lançar uma campanha sobre o Outubro Rosa?
Ou ainda uma empresa que não possui um RH comprometido com seus funcionários, e que não respeita os limites das pessoas que colaboram com ela, de repente lançar uma campanha sobre a importância da saúde mental e emocional no espaço corporativo?
Percebe como isso não se encaixa? E, inevitavelmente, todo mundo enxergará a ação como uma grande mentira; além da falta de tato ser potencialmente ofensiva para alguém ou algum grupo, gerando os temidos cancelamentos.
No quesito de identidade institucional, você precisa se lembrar da frase clássica das mamães: “Você não é todo mundo!”. Não é porque todos estão falando de um determinado assunto, que você também deve falar se não faz sentido pra sua marca.
Um outro ponto ainda, é fazer uma campanha para querer agradar a algum membro da equipe, sem que aquilo tenha de fato relevância em todo o contexto. Você só vai gastar mais energia e a ação não vai trazer resultados efetivos. Dizer não, nesse caso, pode ser inicialmente complicado, mas vai poupar tempo e investimento de todo o seu time.
A propaganda oportunista possui características claras, como: falta de identidade, falta de embasamento e superficialidade, foco quantitativo, e o famoso “Falem bem ou falam mal, mas falem de mim”. Ela é pontual e não se importa com a continuidade e sustentabilidade do processo.
Já a propaganda engajada é identificada por outros pontos, como: defesa consciente de uma pauta com observação e consideração da aplicabilidade em uma marca, aproximação com o target, conhecimento profundo do tema, foco qualitativo (que reverbera no quantitativo), além da sustentação e continuidade do tema através da sua cultura corporativa.
Bom, agora que você entendeu a diferença entre esses dois perfis de propaganda, precisa se prevenir para que a sua não seja oportunista, não é mesmo? Por isso, lá vai uma ajudinha! 😉
Antes de falar sobre um assunto, entenda se você realmente o conhece, se existe um porquê de levantá-lo, se o momento é adequado, se ele vai ajudar de alguma forma o seu público e se é coerente com o discurso da sua marca. Observando todos esses pontos, a probabilidade de você construir uma comunicação relevante é muito grande. E lembre-se: Se comunicar é uma arma muito poderosa. Use com intencionalidade e estratégia.
Tomara que você tenha aprendido algo de legal por aqui! Compartilhe com outras pessoas e confira nossos outros artigos.
Nos vemos no próximo!